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Partida: xx.Novembro.2008Chegada: xx.Novembro.2008
Percurso Ida: Lx - São Miguel
Percurso Regresso: São Miguel - Lx
2:30 horas de voo
Os Açores, oficialmente designados por Região Autónoma dos Açores, são um arquipelago transcontinental e um terrítorio autónomo da Républica Portuguesa, situado no Atlântico nordeste e composto por 9 ilhas.
Descobrir os Açores, é descobrir a própria natureza, na sua forma original e única. É olhar para a paisagem exuberante, onde predominam os tons de verde, a esbaterem-se no azul celeste do mar. É também descobrir a tradicional hospitalidade açoreana, as suas populares manifestações religiosas e artísticas, o sabor especial da sua cozinha, entre outros prazeres que só os Açores oferecem.
O propósito desta viagem deveu-se a trabalho... viagem à conta da PT! Uma intervenção no Data Center de Ponta Delgada, ilha de São Miguel. Trabalho à parte, tive ainda bastante tempo para conhecer a ilha, de qualquer maneira aqui fica a foto da empresa como prova que efectivamente lá meti os pés...
Assim sendo visitei a cidade de Ponta Delgada sempre a pé e acompanhado pela fresca brisa açoreana, munido de máquina fotográfica no bolso. Cidade plana, rectangular, com um comprimento de cerca de três quilómetros e que se desenvolve paralelamente à linda baía natural sobre a qual se debruça, adaptando-se às irregularidades e acidentes de costa.
Esta é uma cidade com um grande ênfase Religiosa, plena de monumentos, de entre os quais se destacam a Igreja Matriz de São Sebastião,
construída entre 1531 e 1547, no local onde existia uma pequena ermida dedicada a São Sebastião. É uma igreja de estilo gótico com traços exteriores do estilo manuelino. Posteriormente, no séc. XVIII, operam-se fortes modificações na fachada, de acordo com o estilo da época, o Barroco. Excelentemente conservada este é um local que merece uma visita.
Outro dos monumentos religiosos de interesse é o Santuário da Esperança, intimamente ligado ao culto do Senhor Santo Cristo dos Milagres, imagem atribuída à oferta do Papa Paulo III às freiras que foram a Roma solicitar a bula de instituição do Convento de Vale de Cabaços, o Convento e a capela anexa remontam ao séc. XVI. Os azulejos do coro baixo, da autoria de Diogo Bernardes, são de incalculável valor e remontam ao séc. XVIII. Durante as festas em honra do Senhor Santo Cristo dos Milagres são colocadas no frontispício do convento milhares de lâmpadas que o iluminam.
A Igreja de São José, antiga Igreja de Nossa Senhora da Conceição, pertence ao convento dos Franciscanos. O primitivo templo remontava ao séc. XVI, mas o actual começou a construir-se em 1709. Trata-se de um amplo edifício de fachada sóbria mas majestosa, com pórtico e galilé. O interior é de três naves, cobertas por abóbadas pintadas. As talhas de todos os altares são de grande valor. As paredes da capela-mor estão revestidas de azulejos azuis e brancos do séc. XVIII. Imagens dos sécs. XVII e XVIII, algumas denunciando influência hispano-mexicana.
A Igreja de São Pedro cuja construção remonta aos séculos XVII e XVIII tem uma fachada interessante e adro com panorama sobre o porto. O interior tem uma só nave com tectos pintados. Altar-mor em talha dourada. Imagens e relicários dos sécs. XVI, XVII e XVIII. Quadro “Pentecostes”, da autoria do pintor Pedro Alexandrino de Carvalho.
Bem no centro temos um monumento incontornável, são as Portas da Cidade, com uma curiosa construção do séc. XVIII, são o verdadeiro "ex-líbris" da cidade. Sob o seu arco central passaram os reis D. Pedro IV e D. Carlos, bem como outros visitantes ilustres. Este é dos locais mais visitados da cidade.
Ainda no centro, mesmo ao lado da praça Vasco da Gama, temos os Paços do Concelho, exemplo interessante do barroco dos séculos XVII e XVIII. Torre sineira, datada de 1724, com sino do século XVI, oferecido pelo rei D. João III.O edifício desenvolve-se em três pisos, com rés-do-chão, primeiro e segundo andar, onde existe um salão nobre com acesso por escadaria central. É sede da Câmara Municipal de Ponta Delgada.
Esta cidade está ainda ligada a espaços verdes dado o clima húmido durante todo o ano. Está repleta de belos parques e jardins para que os seus habitantes disfrutem de belas caminhadas e de espaços de lazer. Um destes é o Jardim António Borges, repleto de uma vegetação lúxuriante, devidamente limpo e arranjado.
Outro deste jardins com bastante interesse é o Jardim José do Canto, o jardim botãnico criado por diversas famílias Açoreanas. Ao longo de mais de um século foi visitado por incontáveis viajantes, entre os quais se assinalam figuras célebres como o Rei D. Carlos, Franklin Roosevelt, Jorge Amado e, claro está, agora eu. As árvores plantadas no jardim, trazidas dos quatro cantos do mundo, dada a riqueza do solo e do clima desenvolveram-se quase todas, e muitas por forma espectacular, chamando a atenção pelo gigantesco porte, beleza de copa, robustez de troncos ou ainda pela singularidade das raízes, na parte visível.
Estes são os principais pontos de interesse na cidade. Uma cidade limpa e arejada, repleta de pessoas acolhedoras. Merece um passeio desde a Praça Vasco da Gama até à marina.
Uma vez visitada a cidade, e dentro do tempo que tinha disponível parti na descoberta da ilha de São Miguel. Parti então em direcção à emblemática Lagoa das Setes Cidades. No extremo ocidental da ilha de S. Miguel, o esmeraldo anil duma lagoa lembra lendas inúmeras de Sete Bispos e Sete Cidades consumidas pelo fogo de Sete Vulcões.
Subi a colina até atingir a Vista do Rei, onde se desfruta uma extraordinária panorâmica sobre a Lagoa das Sete Cidades. Esta é uma das verdadeiras maravilhas destas ilhas plantadas em pleno oceano Atlântico. A beleza destas duas lagoas, separadas por uma pequena ponte, é verdadeiramente exuberante. As diferentes tonalidades (azul e verde) da mesma lagoa impressiona quem a observa. Desci depois para a pequena povoação das Sete Cidades, parando no Miradouro do Cerrado das Freiras.
Parti em seguida em direcção à pacata vila de Relva, pelos vales repletos das conhecidas vaquinhas que pacientemente pastam a tenra relva açoreana, passando primeiro pela Lagoa de Santiago. É uma lagoa de origem vulcânica, relativa ao maciço das Sete Cidades. Situa-se na Serra Devessa, 334 metros acima do nível do mar, com 700 metros de comprimento e cerca de 30 de profundidade. Esta é uma lagoa que vale a pena ver pela tonalidade do verde que a caracteriza.Este foi o meu percurso nos 3 dias que estive nos Açores. Fiquei deveras impressionado com a beleza da única ilha que vi, pois nunca imaginei que no meu próprio país existisse uma beleza natural tão grande. Esta beleza só pode ser comparada com os melhores sítios para turismo natural em todo o mundo, e não exagero. É um sítio que recomendo para todas as pessoas e para todas as idades, desde a tenra idade para longas caminhadas ao ar livre, passando para a meia idade descomprimir do stress da capital no sossego e beleza açoreana, até à idade mais avançada para poder usufruír dos passeios, ar e natureza da ilha. É claramente um local a não perder.
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